segunda-feira, 20 de junho de 2011

Criação de Abelha

O Projeto Criação de Abelhas tem como objetivo incentivar e desenvolver a criação de abelhas por agricultores, agricultoras e familiares como uma atividade de produção de alimento, remédio, fonte de renda e preservação ambiental.
ESPLAR está trabalhando com pequenos grupos de apicultores(as) a criação de abelhas africanizadas, através do acompanhamento e do apoio na comercialização do mel.
Em escala experimental está sendo desenvolvida a criação de abelhas nativas. Essa atividade está na fase de mapeamento de criadores(as) e de organização de grupos de mulheres com os quais trabalharemos a criação de abelhas sem ferrão.
O projeto articula 23 grupos de agricultores(a), familiares através da Rede Abelha Ceará. A Rede Abelha Ceará é integrada à Rede Abelha Nordeste que já existe há 14 anos, e tem contato direto com grupos de apicultores. A Rede Abelha têm o principal objetivo de criar espaços para a troca de experiências, discussões sobre comercialização e produção do mel.

Abelhas pertencem à Ordem Hymenoptera, assim como vespas e formigas; e são classificadas como integrantes da Superfamília Apoidea e Subgrupo Anthophila. Existem, em todo o mundo, cerca de 20000 espécies de abelhas descritas e mais de 1500 no Brasil. No entanto, acredita-se que o verdadeiro número de abelhas encontradas em todo o mundo seja bem maior.
São muito importantes no processo de polinização, sendo algumas específicas a um grupo restrito de plantas. Assim, sua extinção fatalmente colabora para a extinção de tais vegetais. Além disso, são extremamente sensíveis a modificações no meio em que vivem, podendo ser utilizadas como bioindicadores da qualidade ambiental.
Tais animais possuem cinco olhos, antenas, dois pares de asas e três pares de patas; mas possuem diferenças de acordo com o grupo e espécie a que pertencem. Assim, existem em diversas formas, tamanhos e cores. Temos abelhas com ou sem ferrão; muitas de vida livre e algumas com comportamento parasita, como a Osirinus santiagoi e Lestrimelitta ehrhardti; e também espécies coloniais e solitárias. Surpreendentemente, estas são mais frequentes que aquelas; e, em tal situação, na maioria das espécies, machos nascem alguns dias antes das fêmeas e aguardam a eclosão destas para fecundá-las. Fêmeas fecundadas buscarão um local para, sozinhas, construírem seus ninhos, geralmente em árvores ocas ou embaixo da terra; buscarem alimento, depositarem seus ovos e, em seguida, encerrarem seu ciclo de vida, antes mesmo da eclosão de seus filhotes.

Quanto às abelhas sociais, elas representam somente 2% desses insetos, e são, quase em sua totalidade, produtoras de mel. A grande maioria das abelhas sociais é do sexo feminino. Podem ser operárias, responsáveis pela alimentação e proteção da colmeia, e assistência às larvas; ou rainhas, as reprodutoras. Geralmente há somente uma rainha, sendo resultante de uma dieta diferenciada, fazendo-a maior, mais forte e com maior expectativa de vida. Ela é alimentada pelas operárias, com geleia real, rica em proteínas, vitaminas e hormônios sexuais. Os machos, zangões, nascem por partenogênese, ou seja: sem a necessidade de fecundação; e também são responsáveis pela reprodução, fecundando a rainha.
Em todo o mundo, provavelmente a abelha de maior visibilidade é a doméstica, Apis mellifera, introduzida em nosso país no período colonial, para fins de apicultura, ou seja: visando a produção de mel, cera e própolis. Ela se encontra dividida em várias subespécies, adaptadas a diferentes condições ambientais. Apesar de fornecer renda e fontes nutricionais a diversas pessoas, a abelha-doméstica pode se tornar um problema às espécies nativas, principalmente quando há o cruzamento entre as linhagens europeias e africanas; uma vez que os indivíduos resultantes, popularmente chamados de abelhas africanizadas, podem comportar-se como organismos invasores, competindo com espécies típicas daquele ambiente.
Apesar disso, a destruição de habitats, principalmente pelo desmatamento e queimadas, e o uso indiscriminado de pesticidas são as causas principais da redução da diversidade desse grupo de Hymenoptera.

Curiosidades:

Uma única colmeia pode abrigar mais de 60 mil abelhas!

Alunos de uma escola primária britânica publicaram um artigo científico sobre a descoberta de que abelhas podem reconhecer cores em busca de alimento.

Thayná

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